22/08/2019

FLORESTAS, QUINTAIS, SUA CASA, SUA RUA, SUA CIDADE... A CULPA É DOS OUTROS OU SERIA OUTRA COISA?


O Ser Humano é pródigo em terceirizar suas culpas, transferir suas responsabilidades a outros, parece que assim se livra da culpa e acalma seu espirito. Essa afirmativa você que lê esse artigo numa autoanálise há de concordar comigo, vejamos:

Toda vez que você deixa de cuidar de suas plantas do jardim, dos vasos que um dia escolheu ter para embelezar ou ter opções de alimentação caseira;

Toda vez que você joga seu lixo de maneira a não separar o que pode ser reciclado e assim ajuda na contaminação secular de nosso planeta. Joga seu lixo na rua, nas praças, nas vielas;

Toda vez que você prende um pássaro, se apropria de um papagaio, abandona um cão / gato, escraviza um peixe no aquário, mata um inseto, interrompe a vida de animais;


Toda vez que você desperdiça a água; joga seu óleo usado na pia, usa ácidos para lavar seu carro, joga a soda cáustica para desentupir o encanamento, lava a calçada sem necessidade; 

Toda vez que adquire produtos para seu prazer sem necessidade, adquire roupas que usará apenas poucas vezes, adquire inúmeros calçados sendo que usará apenas poucos e por poucos momentos;

·     Toda vez que você coloca aquele foguinho nas folhas, no lixo, nos velhos papéis sem uso que recolheu em sua casa;

    Toda vez que joga as sementes das frutas que consome no lixo e não dá a elas a oportunidade de germinar;

·         Toda vez que você pega seu carro, moto para ir a padaria, mercado que está há alguns metros de sua residência;

·         Toda vez que vai pescar pelo simples prazer de matar um peixe, aquele grandão, e o deixará assim, sem que realmente se alimente dele;

·         Toda vez que você deixa luzes ligadas sem necessidade, aparelhos conectados a energia em “espera” só porque é mais cômodo assim. 

      Toda vez que você toma um banho de 15 minutos desperdiçando energia e água sem necessidade;

·        Toda vez que você pratica pequenos ou grandes atitudes que contribuem para degradar nosso planeta, a nossa vida, que aumentam o já tão grande descaso com seu planeta, com seus descendentes, com a vida do outro;

É assim, TODA VEZ QUE VOCÊ faz algo do que foi relacionado nesse texto e muitas outras coisas que estão nesse contexto de violência à Natureza, você terceiriza a culpa com outras pessoas, podem ser seus vizinhos, os governantes de sua cidade ou de seu país. Você terceiriza a eles aquilo que você é o primeiro causador.

Qual a moral que você tem para essa cobrança? É próprio do Ser Humanos terceirizar as culpas não pensando no tamanho de seu umbigo, de suas ações, de sua parte no processo. Qual a verdadeira causa de tudo o que está acontecendo ao planeta terra? Sua resposta com certeza é: “São os outros, eu faço minha parte”. Desculpa a sinceridade, mas duvido disso.

O Brasil e o mundo estão nesse momento numa transferência de culpa de tudo o que cada um deixa de fazer para transferir essa culpabilidade aos governantes. Mas afinal quem são os governantes?
A resposta é simples, somos nós mesmos, nós somos eles e parte deles, somos nós que não tomamos conta nem de nosso nariz, de nossa casa, de nossa rua. É mais fácil terceirizar a culpa do que agir, fazer a nossa parte, ser agente de mudança em nossa rua, bairro e cidade.

Sabe aquele terreno vazio ao lado de sua casa, aquela praça abandonada próxima, aquele  lixo que deixou de separar o que pode ser reciclado, aquele banho que pode ser mais  rápido com a mesma eficiência, aquele aparelho que não precisa ficar em modo de espera a noite toda, aquelas frutas que consumiu e que pode separar as sementes e jogá-las na terra, aquele óleo que pode reaproveitar para outras finalidades do que contaminar a água do “outro”...tem tantas opções que poderia escrever um livro sobre isso.
Mas transformar nosso próprio espaço é difícil, mas fácil é terceirizar as culpas, terceirizar o compromisso que você deixou de fazer, transferir as tarefas para que outros cuidem da continuidade da vida de seus filhos, netos, amigos, pais, irmãos, assim como muitos transferem a educação de seus filhos à escola...e nem tudo pode ser assim.

Afinal a culpa é dos outros, não acha?

Vitor Marques
Executivo de RH, Consultor de Carreira e Palestrante

13/08/2019

RATATOUILLE – NÃO É UM RATO, MAS QUASE ISSO...



Ah! Você deve estar pensando que pela primeira palavra do titulo iríamos falar do ratinho que foi o protagonista de um dos filmes em desenho animado mais belo dessa década, mas NÃO, não será isso a abordagem desse artigo, então vejamos:

Você sabe a origem da palavra Ratatouile? É uma palavra derivada da palavra francesa “touiller” que significa: picar, triturar, e que foi incluído no vocabulário culinário francês no final do século XVII com o significado de  “alimento grosseiramente cozido” essa palavra eu origem a um prato culinário.
Ainda nas pesquisas que realizei encontrei detalhes acerca da evolução de uma receita francesa que acabou recebendo esse nome, vejamos: Essa receita evoluiu na culinária francesa e se tornou uma especialidade admirada, ela se assemelha a um guisado de legumes. Especialidade das regiões de Provença e do antigo condado de Nice, a origem deste prato rústico data do século XVIII. A abreviação "rata" que dá origem à palavra "ratatouille" era uma gíria militar para a refeição dos soldados, que era uma mistura de feijões, batatas e variados legumes.

Mas o que me leva a falar desse prato francês, sua origem e a correlação com um artigo que na realidade não está na coluna de receitas? Se nos aprofundarmos na receita de preparo veremos que ele é feito com um “pacote” de legumes, carnes, feijões, batatas, tudo muito bem picadinho junto e misturado, além disso é servido acompanhado de arroz e pão, mas então vem a pergunta que não quer calar. Porque se tornou tão famoso?

Vejamos que ele na origem era um aproveitamento dos restos de legumes, carnes e outros alimentos que sobravam de outros preparos, ou que pela escassez em tempos difíceis era o que se tinha para comer, ou sejam um prato de economia, de reaproveitamento – assim imagino que nosso país acostumado a fartura de alimentos, sim fartura, você já viu a quantidade de alimentos que os centros de distribuição tipo CEASAS, CEAGESP, mesmo no mercadinho ai de seu bairro promovem todos os dias, um verdadeiro crime contra as pessoas que passam fome, os menos favorecidos.

Imagine com esses “restos” de alimentos quantos RATATOUILLEs poderiam ser servidos todos os dias e salvar milhões de vidas

Se falarmos da quantidade de comida que sobra todos os dias nos restaurantes, lanchonetes vamos nos aborrecer ainda mais com o desperdício, com a falta de “pensar no outro”. Mais de 24.000 (VINTE E QUATRO MIL) pessoas morrem todos os dias no mundo pela FOME, abandonados a própria sorte, sem alternativa de sobrevivência, sem alento de vida – só a morte pela fome.
Imagine com esses “restos” de alimentos quantos RATATOUILLEs poderiam ser servidos todos os dias e salvar milhões de vidas.

No filme da Pixar/Disney o mestre cuca foi pensado para ser representado por um rato, talvez pela simpatia de um desenho, mas creio que tenha uma relação com os ratos dos esgotos, dos lixões, que comem ratatouiles para sobreviver e se proliferam fortes, audazes e infestam nossas cidades e campos, nunca vi um rato morrer de fome, mas Seres Humanos morrem todos os dias.
Aqui no Brasil os Ratatouilles é o nosso famoso picadinho, não tão famoso assim mas que poderia ser tão eficiente quanto ao alimentar os esfomeados das sarjetas, das vielas, da nossa rua, da nossa cidade.

Você faz na sua casa seus RATATOUILLEs todos os dias, você compartilha isso com os que precisam? Você joga todos os dias alimentos, que para você são “restos, lixo” para que para muitos pode ser a diferença para a sobrevivência. Você também pode ser considerado um “rato”, pois se banqueteia as comidas de um restaurante fino e joga os restos no lixo, enquanto muitos morrem pela falta deles.

Transforme a sua vida e a de tantos, reaproveite restos, motive outros a doarem seus alimentos, vá as ruas e alimente os esfomeados, reparta seu pão, reparta sua bondade que está escondida na rotina de uma sociedade opressora. Diga não a fome, diga não a violência...mas não somente diga, faça algo por isso.

Vitor Marques
Executivo de RH, Conselheiro de Carreira e Palestrante


O HOMEM QUE VEIO A PÉ


O HOMEM QUE VEIO A PÉ

A evolução da área de RH oriunda desde os tempos das cavernas vem transformando o cenário econômico. Nesta semana acompanhei uma série de artigos falando sobre a valorização da área e dos profissionais que nela atuam. Falamos de profissionais que por escolha atuam com a complexidade humana, administrando o universo passado, presente e futuro.

Numa das palestras que tenho ministrado para grupos e/ou profissionais de Recursos Humanos abordo o nascimento da área, retroagindo no tempo e arqueologicamente identificando no tempo das cavernas esse ponto da história.  

O Homem que veio a pé, o primeiro profissional da área de RH, nessa abordagem retrato sua inspiração e visionariamente ela nos traz até hoje 2019 DC e projeta a área até 2099.
Hoje estamos motorizados, alguns profissionais da área até possuem turbo, mas há aqueles que insistem em ficar com a bicicleta. Onde você está?

Lembre-se que para levar alguém junto com você pelos caminhos profissionais, TURBINE SEU VEICULO, afinal você e ele merecem, o mundo vai continuar.

TRANSFORMAR OU PRESERVAR Calçamento de ruas com paralelepipido em Santa Rita Passa Quatro


Atualmente a humanidade em sua diversidade enfrenta por vezes a dúvida entre o preservar ou transformar seu cotidiano, suas obras e seus objetivos. Você já deve ter visto e até participado ao longo de sua vida com opiniões sobre algo nesse contexto, vejamos algumas situações onde isso pode ter ocorrido:

Ø  A sua cidade está crescendo e aquela antiga rua que é uma das principais da cidade está com um trânsito gigante, a solução apresentada é seu alargamento, mas isso só pode ser feito com a derrubada de casas, das mais antigas da cidade e ainda por cima a retirada de algumas árvores. Qual é a sua opinião?

Ø  A cidade, tradicional e com uma longa história, tem nas suas ruas do centro o calçamento feito com pedras portuguesas, mas elas estão se soltando, em alguns casos soltam-se e ao irem para a rua tornam-se riscos a pedestres, ciclistas e até aos carros. As calçadas ficam com buracos e também oferecem riscos a segurança das pessoas. A solução apresentada é a troca do calçamento por um mais moderno e que não tenha esse tipo de problema. Qual sua opinião a respeito?

Ø  As ruas da cidade foram tradicionalmente revestidas de paralelepípedos, com o tempo foram sendo movidos e removidos pelas obras naturais que uma cidade necessita (tubulações de água e esgoto, passagem constante de veículos, etc), isso causou certo desnivelamento em alguns casos, porém esse acabamento de revestimento é único e ajuda do ponto de vista turístico a atratividade de pessoas à cidade, além disso esse tipo de revestimento absorve melhor as aguas pluviais evitando enxurradas por ocasião das chuvas. A solução apresentada para muitos é asfaltar a cidade. Qual sua opinião a respeito?

Ø  Alguns prédios que datam de mais de 150 anos e que são tradicionais da cidade não estão sendo “bem tratados”, inclusive prédios tradicionais utilizados para fins administrativos. A solução que foi dada para que eles não ofereçam riscos à população é a demolição. O que pensa a respeito?

Enfim, há inúmeras situações em que a dúvida entre PRESERVAR ou TRANSFORMAR (RECICLAR O VELHO PELO NOVO), e você de alguma forma toma partido por uma ou outra situação, mas encontrará outras pessoas que pensarão diferente de você, o que você faz numa situação dessas? Não basta ter uma opinião sobre isso ou aquilo, é necessário mais do que isso e o primeiro item disso é a corresponsabilidade com “o outro”, pois uma decisão por mínima que seja envolve outras pessoas, não é só você que é impactado por mudanças ou a falta delas, todos o são. Há muitas pessoas que assim não agem e acabam tomando partido de suas próprias opiniões em detrimento da coletividade, o que fazer sobre isso?

Acredito ser importante identificarmos a diferença entre Transformar e Preservar, vejamos:
Transformar: Levar de um lugar a outro; Alterar; Renovar; Substituir; Dar outra direção. 
Preservar: Manter em bom estado; Manter, não deixar de existir; Continuar a ter; Fazer algo de outro modo, outra maneira.

Minha intenção com este artigo não é impor meu pensamento sobre isso ou aquilo, mas sim fazer você pensar a respeito de suas opiniões e como tratar de coloca-las em prol da coletividade, transformando ou preservando o que realmente é importante. Muitas pessoas perdem um tempo imenso na vida dando opiniões fúteis, sem que tenham um objetivo comum, é mais ou menos aquilo que muitos ficam discutindo sobre um final de novela – o que isso vai agregar a todos nós? Nada
.
Olhar o próprio umbigo e não para a comunidade, não visualizar o bem comum, isso é PRESERVAR um jeito imbecil de viver. Nós devemos na verdade TRANSFORMAR nosso dia a dia com atitudes que sejam direcionadas ao bem comum, destinadas ao progresso consolidado da evolução de pessoas e não das coisas.

Pense nisso, seja mais positivo, proativo, amigo, espontâneo e solidário. Pare de olhar seu próprio umbigo e transforme você, sua família, seu bairro e sua cidade. SUCESSO

Vitor Marques
Executivo de RH, Conselheiro de Carreira e Palestrante

SABEDORIA

"  NÃO SEI SE SEI, MAS DE TUDO O QUE SEI ASSUMO NÃO SER IGNORANTE INCLUSIVE SABER QUE NADA SEI" (Vitor M S Marques)