Meus caros
leitores, são nos momentos de crise que a humanidade vê questionado seus
valores e dogmas sociais, nossos problemas e a trama de suas complexidades são
ainda mais visíveis e nos levam a caminhos inimagináveis de discussões e avaliações
das possibilidades de eventuais soluções.
Vejamos a palavra desse cientista sobre
Crise:
“Não podemos querer que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A
crise é a maior benção que pode acontecer as pessoas e aos países, porque a
crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce
da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e grandes
estratégias. Quem supera a crise se supera a si mesmo sem ter sido superado.
Quem atribui a crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e
respeita mais os problemas que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência.
O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar as
saídas e as soluções. Sem crises não há desafios, sem desafios a vida é uma
rotina, uma lenta agonia.
Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque
sem crise todo vento é uma carícia. Falar da crise é promovê-la, e calar-se na
crise é exaltar o conformismo. Em vez disto, trabalhemos duro. Acabemos de uma
vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para
superá-la." (Albert Einstein).
Pois bem, a humanidade está em crise, a tal pandemia
COVID-19 remexe toda estrutura social, questiona desde o espirito humano até
toda maneira com a qual vivemos, mostra às pessoas que existem soluções para o
que se imaginava sem solução, faz repensar os conceitos sociais, econômicos e
de vida – enfim mexe com todas as estruturas até então tida como inabaláveis –
e claro que o trabalho é uma delas, pelo menos o trabalho formalizado como
vinha sendo praticado.
O simples fato
do drama que vivemos faz pensar os limites da medida de saúde pública, ficamos no
isolamento de nossos pensamentos e na quarentena de nosso corpo, mas para
grande parte dos trabalhadores, a possibilidade de preservar a saúde é um luxo
não “concedido” pelos seus empregadores ou pela situação social em que vivem.
O
mercado de trabalho calcificado em estruturas escravocratas que impregnam as
relações de patrões e apatronados; a tutela pública que eleva ao grau máximo desigualdades
entre o merecido e o recebido tendo na maioria das vezes um retorno social
abaixo do necessário / esperado; a falta de regulação das relações do trabalho
na sua essência, a desigualdade de sexos, de idades, de raízes humanas; são
alguns aspectos aflorados pelo vírus escavador presente nessa pandemia.
Há luz no fim
do túnel?
A reflexão que proponho não é sobre causadores ou
efeitos das crises que se instalaram em todo mundo, em todos os tempos, muito
menos as que mais especificamente ocorrem em nosso país e muito menos só a
atual que é mundial, COVID-19. É importante estabelecer que crise é nome genérico para uma
variada quantidade de conflitos, humanos ou processuais. As crises se
estabelecem na medida em que as relações internas entre as Pessoas e Sistemas
de Relacionamento como por exemplo os processos sociais ou políticos se
interagem. A crise ocorre por processos vinculados ou não entre Pessoas e
Sistemas, podem ainda ser originárias no relacionamento nos movimentos de
desvio entre desejos, meios, fatos e o resultado efetivo dessas relações, a
crise se institui e seu efeito direto é a desarmonia pois Pessoas e/ou
Processos não atendem as necessidades de uma ou de ambas as partes que fazem
parte do cenário dessas crises.
A
intensidade da desarmonia, inclusive as relacionadas a saúde como é o caso
dessa pandemia, é que determina ma gravidade e extensão da crise o que pode
também determinar o seu grau de duração e efeitos, além disso a crise não tem
fronteira, não se determinam limites de sua existência ou efeitos, ela é
incontrolável na medida em que é gerada, porém e totalmente passível de
eliminação ao se reestabelecer a harmonia entre Pessoas e Sistemas.
Os
estudos apontam que a principal causa de crises são VERDADES, sua ausência, sua
distorção tornando-se mentira, sua omissão, sua manipulação. As VERDADES são
base do com relacionamento, dos princípios de criação de sistemas que apoiem e
atendam as Pessoas, qualquer distorção na VERDADE impõe causa e efeito o que
normalmente significa crise.
Mas afinal o que são
VERDADES?
Verdade significa
aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a
ausência da mentira. Verdade é também a afirmação do que é correto, do que é
seguramente o certo e está dentro da realidade apresentada. A verdade é muitas
vezes desacreditada e o ceticismo é a descrença ou incredulidade da verdade. A
verdade dos fatos exerce grande importância no julgamento das ações humanas.
A Verdade é avassaladora, contra
ela não haverá argumentos, mesmo que dura, mesmo que o faça modificar sua
conduta, seu pensamento, ela transforma Pessoas e dá consistência a Sistemas.
O vírus que se instalou na
humanidade traz consigo a obrigatoriedade de reavaliarmos nossas VERDADES,
aqueles que tínhamos como certas. Todas nossas verdades estão sendo questionadas
e em muitos casos recicladas, como exemplo prevejo o futuro:
Passaremos a valorizar a família,
as relações, a natureza, a prevenção, a fé e a verdadeira verdade, não aquelas
fabricadas em laboratório que uma coisa chamada marketing nos impõe e tenta
convencer de que são imutáveis. Façamos as nossas verdades, as verdades da alma
e não as do corpo.
Que o vírus da renovação da Pascoa
o contamine e que nenhuma vacina seja produzida,
FELIZ DIAS NOVOS, FELIZ PÁSCOA!
Vitor Marques
Executivo de RH, Conselheiro de Carreira e Palestrante