08/02/2022

O PRECONCEITO NÃO SE VÊ, MAS É SENTIDO / OBSERVADO / TRANSFORMADO!

 

Caros leitores, longe de ser um especialista na análise dos fatores que determinam ou que contribuem para o preconceito em nossa sociedade me permito, do ponto de vista de um leigo falar sobre o tema. Todos os dias e em todas as raças, credos e minorias ocorrem situações de pequena ou gigante dimensão que acaba afetando o indivíduo ou a comunidade a qual pertence, sabemos disso, mas não nos damos conta de que podemos dar a nossa contribuição individual para que isso não ocorra, sabe como? Eis a minha proposta nesse artigo.

A primeira atitude que “TODOS”, e quando digo todos são todas as raças, etnias, minorias, deficientes etc. - todos os que de alguma forma são discriminados ou que discriminam, sem distinção, é a de reconhecer que o problema existe e precisa ser enfrentado, pois a negação e naturalização do racismo são fatores que contribuem para a sua perpetuação. Dito isso, a luta contra a desigualdade racial não deve ser uma pauta exclusiva de um grupo formado por aqueles diretamente afetados, mas um compromisso de todo e qualquer cidadão. Trazer esse debate para dentro da família e da sociedade pode ser o pontapé para a implantação de uma cultura ante preconceituosa.

O segundo momento da consciência individual sobre o problema é perceber nossos pequenos preconceitos, aqueles do tipo:

Ø  Quando vimos a frente um mendigo a pedir algo na rua e desviamos nosso caminho, fechamos o vidro de nosso carro, nem olhamos diretamente a pessoa... você sabe o que falo;

Ø  Aquele que quando vimos uma pessoa com roupas que não gostamos ou que estão surradas pelo tempo e que imediatamente atribuímos uma definição preconceituosa à pessoa e a evitamos;

Ø  Aquele julgamento que fazemos da casa, do carro, das roupas das pessoas e ainda por cima fazemos anúncios de nosso julgamento a outros, ou pior, ficamos julgando essa cena compartilhando essas observações a outras pessoas de nosso convívio;

Ø  Aqueles julgamentos do dia a dia: Fulano é isso ou aquilo; Fulano deveria isso ou aquilo – enfim os pré-julgamentos do dia a dia a que também chamo do preconceito diário

Num segundo momento é preciso saber que preconceito não é só a discriminação de raça, sexo, religião etc. Preconceito são os pequenos julgamentos de nosso dia a dia, as pequenas atitudes, que muitas vezes sem percebermos criamos um “monstro do preconceito” dentro de nós e que em situações mais evidentes, por exemplo quando falamos de raça ou preferência sexual, desabrocham como um rugido monstruoso e que fazem com que o pior de nós aflore permitindo atitudes repugnantes e preconceituosas de maior intensidade

Os pequenos preconceitos do dia a dia criam em nós sementes ruins, atitudes automáticas de repugnância e pior, são exemplos que nossos filhos e amigos acabam observando e infelizmente até copiando.

É importante saber que preconceitos e discriminações são produzidos individual, social e historicamente e que eles passam pelos diferentes âmbitos da vida individual e coletiva, entendido isso você pode até achar que não é preconceituoso, independentemente de sua raça, religião, preferência sexual, etnia, et., porém existe até explicação cientifica para que isso ocorra, um fenômeno do cérebro chamado viés inconsciente que faz as pessoas disseminarem o preconceito sem perceber. A boa notícia? Isso tem cura. Como?

1.       Procure informações - É preciso entender a realidade e a história dos seus pequenos preconceitos para atuar nos “maiores”. Olhar para quem está ao seu lado, pesquisar a história de culturas e povos, conversar – se informar. O conhecimento é a luz da vida.

2.       Não seja indiferente ao preconceito. Ajude as vítimas do preconceito, vale dar um abraço de acolhimento, vale se solidarizar ou apenas ficar próximo para que ela saiba que não está sozinha;

3.       Reconheça seus privilégios. Você sabe quais são os seus privilégios em relação às outras pessoas? Para reconhecê-los, veja as dificuldades que cada uma passa, seja ela: econômica, social, raça, religião, sexualidade etc.

4.       Crie laços de solidariedade ante preconceituosa. Pesquise entidades e conteúdo que o ajude a entender, superar e tornar-se defensor da cultura antirracista;

5.       Incentive as pessoas a serem ante preconceituosas. Vale dar um toque para familiares, amigos e até desconhecidos. O importante é que a troca da informação nunca pare.

Enfim, a cura vem de dentro, vem de sua atitude transformadora. Vem de observar seus pequenos preconceitos e os combater de forma consciente e reveladora. Vem de dar exemplos individuais, familiares e comunitários. Vem do coração e não da razão.

Não ser preconceituoso e viver sem cercas, é viver livre, é entender que TODOS somos filhos da Terra, filhos da criação divina, todos temos direitos e deveres. Não há recompensa sem trabalho, não há vida sem luta. Não h[a você sem o outro, Temos que aprender a respeitar as diferenças pois se você vê diferenças nos outros é sinal que você também é diferente. Não julgue para não ser julgado.

Viver num mundo livre passa por você, não culpe aos outros porque se o fizer isso já será um preconceito seu. Viva para viver e não para sobreviver.

Vitor Marques

Executivo de RH, Escritor e Palestrante

 

03/02/2022

UM BREVE PENSAR SOBRE A VOLTA AS AULAS PRESENCIAIS - O QUE TEM DE NOVO?

 


Pais, Alunos e Professores têm uma nova missão e devem se preparar com novas armas, diferentes daquelas de antes da pandemia, devem se preparar como um cientista que pesquisa novos conceitos, que sai da “caixinha” e busca o novo, afinal com efeito vivemos um NOVO TEMPO, se será melhor do que este só o tempo revelará.

A volta as aulas presencias tem trazido a alunos, pais e professores um novo desafio de convivência e experiências comportamentais, afinal todos esses públicos passaram ou passam pelas síndromes do confinamento, das perdas irreparáveis que esse período de pandemia nos trouxe e que impregnou nossa vida de tal forma a carregarmos em nossas atitudes a prática do medo inconsciente. entenda, não é só de “mortes” que falo.

Nesses tempos a conta não fecha em igualdade, o saldo é negativo afinal foram e ainda estão presentes: a perda da liberdade, a perda da convivência que faz evoluir pessoas e o tempo, a ausência das relações humanas que elevam o espírito, o impacto do simples se fastar da natureza e da convivência com o ambiente macro da vida.

A volta as aulas não será e não é como se fosse uma volta das férias escolares tradicionais pois essas experiências vividas deixam e deixar]ao marcas, não apenas na aprendizagem, mas no desenvolvimento socioemocional gerado pelos isolamentos e tragédias pessoas e sociais. A ausência da convivência física entre alunos, professores impacta a evolução emocional e estrutural de alunos,

Sabemos que os professores não foram preparados para fazer o acolhimento dos pais e alunos. Cada aluno terá uma revolução de sentimentos e ausências e o acolhimento dessas diferenças é essencial, não será culpa dos professores, mas sim dessa loucura política que prioriza dinheiro e não Pessoas.

Corremos riscos nesse retorno de criarmos uma geração introspectiva, fechada em si mesmo, desacreditada na liberdade e robotizada em telas e mais telas, será uma geração de teorias e não de práticas. O gesto mais simples do abraço será esquecido pois o medo do contato é maior que a fé no espaço e tempo da convivência.

A retomada de uma rotina que muitos já possuíam e que outras nem puderam experimentar ainda é difícil, mais um impacto de transformação vem com essa retomada escolar.

O lar que se tornou um porto seguro durante a pandemia estará longe e isso dá a sensação de risco, a escola tem que ser um novo “porto seguro”, o acolhimento individual é extremamente necessário. Professores tem que ser preparados para isso, e não percebi que isso acontece.

O medo da doença, da contaminação está presente. O medo que as crianças têm de adultos (transmissores) influencia crianças e gera ansiedade, e pré-conceito.

Especialistas destacam que a melhor forma de receber as crianças, especialmente as pequenas é ajudar cada um deles a lidar com seus sentimentos, isso pode ser feito através de conversas individuais e grupais, do escutar e não do impor, do entender e não do convencer. Claro que estar atento aos protocolos de segurança é vital, mas isso não pode ser maior do que zelar pelos sentimentos, pelo tesouro que nossas crianças representam.

Nunca foi tão importante tornar a escola divertida, acolhedora, inspiradora. O lúdico deve estar presente para inspirar, cativar e influências a superação dos medos

Os pais são o elo que une a corrente entre crianças, professores e escola. A responsabilidade deles em destacar que ir a escola não é castigo e sim dádiva é fundamental.

Dos professores escreveria muito aqui falando de sua importância e miss]ao, agora ainda maior pois somou-se além de transmitir conhecimento – disciplina – somou-se a psicologia da vida, da energização dessa garotada que estava em “limbo”. Desenvolver a empatia, a tolerância, rever metodologias / expectativas e objetivos. Avaliar aluno, estabelecer maior grau de relação com os pais, acompanhar o rendimento escolar – uma missão árdua e longa.

A aprendizagem continua sendo foco principal da escola, porém ela não acontecerá de forma gratuita e utilizando os mesmos mecanismos de antes da pandemia, portanto somente uma sociedade comprometida com a vida vencerá.

Nesse momento quero desejar a alunos, pais e professores toda inspiração positiva que possam ter, a missão é árdua e estratégica para garantir a humanidade a sobrevivência de valores e conhecimento compartilhadas para preservação da vida plena, da liberdade e do amor. Muito, mas muito sucesso a todos e que Deus (Seja qual for o nome que dê a ele) possa iluminar os caminhos.

SABEDORIA

"  NÃO SEI SE SEI, MAS DE TUDO O QUE SEI ASSUMO NÃO SER IGNORANTE INCLUSIVE SABER QUE NADA SEI" (Vitor M S Marques)