13/11/2019

O QUE POSSO FAZER PELO MEU DESTINO?


AS AGULHAS E ALFINETES DA VIDA!

Resultado de imagem para agulhas alfinetesSe uma agulha em sua soberba discursa em alto e bom tom sobre sua importância de costurar e remendar as roupas de seu mestre, ela efusivamente declara que sem sua serventia não haveriam roupas a proteger as pessoas se ela não existisse, que sua glória está calcada no poder de unir as partes num só pedaço, num só conteúdo.
Mas o alfinete ao escutar tal discurso pode contestar sobre tal importância e contrapor as argumentações da agulha ao afirmar que tendo cabeça pode dar maior firmeza a união das partes e também produzir um só pedaço, unido e único com mais força do que os pedaços unidos pela agulha.
As virtudes de ambos, agulha e alfinete, são soberbas e próprias daqueles que olhando somente para si não consideram a soma do outro na composição das suas necessidades e na de todos e se atribuem importâncias únicas, exclusivas, mas que na verdade são frágeis e inconsistentes na medida que sua capacidade de análise se refere a efêmeras circunstâncias de um só momento.

Veja a própria agulha, totalmente dependente da linha para unir as partes. O alfinete que de um só não basta para unir as partes, são necessários muitos. É fato de que a individualidade não gera consistência, perenidade, tempo longevo e permanente.

É verdade que ambos, agulha e alfinete, na verdade são perigosos, se usados inadequadamente furam dedos, mãos e a pele de seus mestres, há de se ter cuidado com a felina forma que possuem pois se usados inadvertidamente vão ferir seus usuários.

Assim pensemos, como podemos ser agentes de transformação de nossos destinos, como podemos ser melhores sem sermos arrogantes, sem assumirmos nossas vertentes de autossuficiência individual, sem considerar a nossa interdependência dos outros e até mesmo das nossas capacidades de mudança supérfluas e sem perceber a ajuda necessária do contexto geral de nossas relações?

Nosso destino na verdade é a soma das ações do hoje, alicerçadas no conhecimento adquirido no ontem. Não há forma de que o destino seja apenas um acidente, ele sempre será a soma / a bagagem de vida adquirida e direcionada para o preparo do amanhã.

Não há destino certo, há rumos possíveis diante de atitudes tomadas no hoje, alicerçadas pela bagagem adquirida e direcionadas pelos sonhos construídos na imaginação.

Um alfinete e uma agulha fazem aos poucos todos os dias as partes do todo, enquanto nós fazemos cada dia o muito de tudo e a todo momento, não há ninguém que conscientemente faça menos do que pode, mas pelo contrário, faz o máximo mas ainda sim é a parte menor do que é possível, há sempre uma divida que se amplia na medida de do tempo vivido e na medida da nossa falta de atitude.

Preparar o destino é como arar uma terra, planta-se uma semente e a cada dia devemos dar condições de germinação – tirando ervas daninhas, regando e colocando adubo, mesmo assim ainda haverá outros fatores, alheios a nossa vontade que poderão dificultar a germinação (geadas, chuvas em excesso, etc.). Assim é necessário encontrar bons terrenos, bom histórico de clima, escolher uma boa semente e fazer todas etapas necessárias para que a germinação ocorra e possamos fazer a colheita, ela será reflexo de tudo que foi feito anteriormente, assim é a vida.

Lembremos ainda que se plantarmos sempre a mesma coisa, além de colher sempre o mesmo fruto, ao longo do tempo cansaremos a terra e a produção cada vez será menor, podendo inclusive ser nula. Se você quer novos resultados plante novas sementes, procure novas terras, arrisque novas culturas, afinal o destino é seu e não meu, sabemos que seu destino pode ser influenciador do meu, mas ainda assim não será o mesmo.

Ser agulha e alfinete restringe nossos resultados, mas ainda assim podemos com eles fazer a diferença, desde que somemos suas capacidades e utilidades.

O destino não é uma cueca, que se usa – lava e reutiliza. O destino é único, construído dia a dia e que não pode ser revivido, só reaprendido e redirecionado.

Plante boas sementes e terá ótimas colheitas.

Vitor Marques – Plantando ideias, colhendo sonhos!


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"  NÃO SEI SE SEI, MAS DE TUDO O QUE SEI ASSUMO NÃO SER IGNORANTE INCLUSIVE SABER QUE NADA SEI" (Vitor M S Marques)