Com tantos papéis exercidos ao longo de nossas vidas e em cada dia vivido, acabamos pegando o papel principal, entre tantos personagens criados, e colocando de lado a nossa verdadeira essência isso nos molda muitas vezes diferente do que realmente acreditamos que somos Nossa essência é fundamental para toda a nossa história e herança de vida, mas postergamos Ser quem somos baseados no que outros querem que o sejamos, você vive isso de alguma maneira?
É
fato de que muitos de nós desde pequenos aprendemos que o nosso jeito de ser e
de fazer as coisas não era adequado, segundo o padrão de outras pessoas. Havia
uma medida do jeito certo de ser e o nosso ou era deficiente ou exagerado em
relação a essa medida, seja em termos físicos ou de comportamento. Então
crescemos ouvindo que éramos magrinhos demais ou gordinhos demais, estudiosos
demais ou baderneiros demais, organizados demais ou relaxados demais, quietos
demais ou inquietos demais, lentos demais ou rápidos demais, faladores demais,
barulhentos demais, sensíveis demais — ou de menos. E, para cada uma dessas
coisas havia um modelo:
“Por
que você não é igual a(o) seu(sua) irmão/irmã/primo/prima, que é tão… (insira o
adjetivo que quiser)?”. E, entendemos na nossa cabecinha de criança, que
deveríamos nos ajustar ao que os outros queriam, sob a pena de não sermos
aceitos e não sermos amados. Não valia a pena ser o que éramos, porque o que
éramos era demais ou era de menos, não era na medida certa.
Um fato
que incomoda é saber que as pessoas que nos disseram isso, elas também ouviram
isso e sofreram com isso (às vezes muito mais do que nós), mas, como foi a
única coisa que aprenderam, era a única que sabiam passar adiante. Afinal,
“educar é ajustar a criança ao mundo”. No entanto, com os anos, a gente vai cedendo e vai mudando
ali e aqui, porque, lá no fundo, existe aquela crença de que não seremos amados
e aceitos se não formos na medida certa do que esperam. A gente resiste, mas
termina cedendo uma hora ou outra, porque essa é uma luta muito cansativa para
se ganhar todas as batalhas.
Depois de alguns
anos, de fato, você não se reconhece mais no espelho. A estratégia mais eficaz que conheço
é pelo reencontro com aquela criança interna que deixamos dentro de nós
adormecida, antes que ela tivesse mudado pelo mundo, é o autoconhecimento e a
autoaceitação isso nos levará a autotransformação. Antes de nos revoltarmos
contra os outros que ainda exigem que sejamos como eles querem, é preciso que
nós mesmos saibamos “vender esse peixe”; é preciso que nós mesmos acreditemos
nessa ideia de que vale a pena ser quem somos, com nossas imperfeições e nossas
supostas demasiadas quantidades de alguma caraterística. Primeiro precisamos
nos aceitar e parar de nos forçar a ser diferentes.
Saber nossos limites, reconhecer nossos
sentimentos, entender nossos mecanismos psicológicos, respeitar e honrar nossa
história de vida (e daqueles que vieram antes de si e que possibilitaram a sua
vida), suprir nossas necessidades, viver nossos sonhos, traçar nossos objetivos
e comunicar seus desejos. E, acima de tudo, saber que não existe um jeito certo ou errado de
ser, existe apenas o que é. E o que você já é será sempre o suficiente.
Quando
nos amamos, fica mais fácil amar o outro, então abandonemos todo o passado e
resgatemos nossos amigos com quem temos vontade de falar ou para um parente que
há tempos não vê, vamos marcar reencontros, ouça aquela música que há tempos
não ouve, relembre histórias, sorria, chore, aprecie coisas simples, coloque no
papel seus objetivos e corra atrás do que realmente quer.
A
autotransformação para nos reencontrarmos só depende de nós e não tem fórmula
geral, tem sim nossa intuição de redescobrir quem somos realmente, do que e
como gostamos das Pessoas e das coisas. Isso é uma arte criativa, é uma atitude
em que criamos estratégias nem sempre formais, como por exemplo:” Vou pular de
paraquedas”, “Vou sair pelo mundo acampando”, “vou para o Tibet”, e por aí vai.
O
importante é termos atitude transformadora, porém recomendo, não desista das
Pessoas que ainda tentam mudar você, dê a elas a luz de entenderem que a sua
transformação começa pela delas. Boa Sorte.
Até a
próxima semana!
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