10/09/2025

A INSTABILIDADE QUE CONTAMINA AS PESSOAS NO MUNDO CONTEPORÂNEO

Vivemos em uma era marcada por avanços tecnológicos sem precedentes, conectividade global e acesso instantâneo à informação. No entanto, paradoxalmente, nunca as pessoas pareceram tão instáveis emocional, social e economicamente. Essa instabilidade se manifesta em diversas dimensões da vida: nas relações pessoais, no ambiente de trabalho, na política e até na saúde mental coletiva.

 Não nos damos conta que há instabilidades que estão dentro de nós, que nos atacam diariamente e que não nos permitem ter uma vida mais leve. Não nos damos conta que as nossas instabilidades somadas a das pessoas de nossa família, amigos, trabalho somadas é que deixam a humanidade mais doente. Vejamos alguns aspectos principais das instabilidades que afligem nos afligem individualmente e coletivamente:


1. Instabilidade emocional e psicológica

  • Crescimento alarmante de casos de ansiedade e depressão.
  • Pressão por produtividade e sucesso imediato.
  • Impacto das redes sociais na autoestima e na comparação constante.

2. Instabilidade social e política

  • Polarização crescente entre grupos, dificultando o diálogo.
  • Conflitos e guerras que reacendem inseguranças globais.
  • Desconfiança em instituições e líderes, gerando descrença.

3. Instabilidade econômica

  • Desigualdade social cada vez mais evidente.
  • Incertezas no mercado de trabalho frente à automação e à inteligência artificial.
  • Inflação, crises econômicas e mudanças geopolíticas.

4. A busca por equilíbrio

  • Crescente valorização da saúde mental e do autoconhecimento.
  • Movimentos que defendem maior consciência social e sustentabilidade.
  • Necessidade de novas formas de liderança e empatia no convívio humano.

 

Essas instabilidades não são apenas fruto de crises econômicas ou transformações políticas. Ela nasce, sobretudo, da sensação de que tudo é passageiro: a notícia que choca num dia é esquecida no outro, a tendência que une milhões de pessoas em poucas horas se desfaz na mesma velocidade. Vivemos como se estivéssemos sempre tentando alcançar algo que escorre entre os dedos.

 Mas talvez a instabilidade não seja apenas um problema. Ela também pode ser um chamado. Afinal, quando nada é totalmente seguro, aprendemos a buscar estabilidade dentro de nós mesmos. Quando o mundo se mostra imprevisível, somos convidados a cultivar raízes internas — valores, propósitos e afetos que não se abalam com as mudanças externas.

 A instabilidade pode ser vista como um vento forte: ele pode nos desorientar, mas também pode nos empurrar para novos caminhos. Em meio ao caos, surgem oportunidades de autoconhecimento, de reinvenção e de reconexão com o que realmente importa. É nesse cenário que floresce a criatividade, a empatia e a coragem.

 Se as pessoas estão instáveis, talvez seja porque o mundo está nos pedindo para desapegar do controle absoluto. É uma lição dura, mas poderosa: aceitar que a vida não é feita de certezas, mas de movimentos. E que, muitas vezes, o verdadeiro equilíbrio não está na ausência de instabilidade, mas na capacidade de dançar com ela.

 No fim, a instabilidade pode ser o lembrete de que somos humanos — frágeis, sim, mas também resilientes. E que, mesmo quando tudo parece oscilar, ainda é possível encontrar paz ao escolher ser presença, esperança e luz no meio das incertezas.

 Vitor M S Marques

(Executivo de RH, Escritor, Jornalista e Consultor)

 


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