24/08/2011

ARTE - ESCUTAR PARA SER OUVIDO




Atualmente tenho percorrido várias capitais do país executando atividades funcionais ligada ao Desenvolvimento Organizacional Corporativo, nessa tarefa de unificar processos em culturas diferenciadas, pois como todos sabemos o Brasil possui vários brasis dentro de um área continental sob uma mesma bandeira.

Essa diversidade cultural, com efeito, causam comportamentos profissionais distintos, não só pela formação cultural mas também pelas questões educacionais, tecnológicas, de saúde, dentre outros pontos.

As empresas globais desde a década de 80 têm convivido com diferenças multifacetadas de culturas e políticas distintas, itens que nas limitações das fronteiras dos países a que pertencem faz com que algumas adaptações na política empresarial sejam necessárias e respeitadas.

Dessa forma estas empresas adaptam processos às necessidades do país em que estão atuando, nivelam sua política com a referência de seus países de origem e assim vão evoluindo na condução profissional de suas atividades.

Mas em se tratando de um mesmo país, onde sob uma mesma bandeira política várias culturas estão presentes, onde um processo ou uma adaptação de legislação deve ser executada de uma única forma mas por povos regionais culturalmente diferentes.
Entendo que a frase nacionalmente utilizada a do famoso “jeitinho brasileiro” surgiu dessas adaptações de uma mesma regra ou processo às diversas culturas presentes nas regiões brasileiras.

O grande desafio de unificar atitudes e cumprimento dos processos entrelaçando as culturas regionais, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, a diversidade cultural e o tempo de resposta às necessidades de cada processo são compreendidos de maneiras diferentes em cada região.

Costuma-se dizer que em alguns lugares do país para que um cidadão morra repentinamente, com ataque cardíaco fulminante isso demorará 5 dias, em outros locais uma situação similar provoca a morte do cidadão antes mesmo do ataque cardíaco ser iniciado dado o grau de ansiedade que o povo daquela região possui em seu dia a dia.

Em determinadas regiões do país o povo passa 1/3 da vida “presa”, “agarrada” no trânsito, em outros locais 30 minutos após o término do horário de expediente o cidadão está pescando ou sentado numa praça proseando. Noutros locais os recursos tecnológicos produzem um alto grau de contato das pessoas com outras culturas e tecnologias enquanto em outras nem há recursos mínimos como o telefone.

Uma miscelânea cultural onde profissionais de Recursos Humanos e de Desenvolvimento Organizacional recebem a missão de colocar num mesmo caldeirão as pessoas, tornando os diferentes uníssonos num único processo profissional – ISO´s, ABNT´s, OSHAS´s, tudo isso homogeneizando palavras e procedimentos em pessoas culturalmente distintas.

Você que lê este artigo há de concordar que é uma missão árdua e desafiadora, distinta da globalização apregoada mundialmente, diria que ainda falta no país com as nossas dimensões a nacioglobalização.

Cientificamente precisamos encontrar metodologias eficazes para efetivar a nacioglobalização, velhos conceitos como “a lei precisa pegar”, “aqui no estado de .... é diferente” e outros preconceitos relativos precisam ser transformados em culturas homogêneas, pelo menos as culturas organizacionais

A metodologia cientifica que hoje entendo seja eficaz para essa finalidade é aquela que deu nome a este artigo, A ARTE DE ESCUTAR PARA SER OUVIDO, é assim que temos que aprender a entender, escutando cada regionalidade, cada cultura especifica e tentando formar as ligações iônicas entre essas pessoas. Somente escutando e entendendo poderemos ser ouvidos na medida em que precisamos unificar processos, o melhor de cada um deve formar o prato principal de cada organização.

Como mencionei anteriormente ISO´s, OSHAS´s, são metodologias internacionais de padronização, então precisamos juntos introduzir talvez a NACGLOB, uma metodologia de nacioglobalização que deverá estar presente no aprendizado educacional e profissional de todos nós, para assim podermos falar e agir num só contexto nacional.

Dizia um velho mestre: “Quando permaneço no silêncio absoluto, é só nesse momento mágico que consigo escutar a voz de minha alma, por isso ouvir é a melhor maneira para ser entendido”, talvez assim possamos criar o povo brasileiro, com um jeitinho especial, o jeitinho de Vencedor.

Vitor Marques

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