Hoje, passados alguns dias do turbilhão de emoções que todos
sentimos na tragédia do voo da delegação da Chapecoense para a Colômbia a fim
de disputar a final da Copa Sulamericana de futebol, e naturalmente, que influenciados
por estas reflexões pessoais e coletivas, explodindo em diversas vertentes do nosso
intimo e da comoção planetária que se derivou desse momento tão impactante em
nossas vidas.
Não há como negar isso, do mais ao menos insensível Ser
Humano, cem por cento no mínimo se perguntou: Por que? Como? E agora?
São perguntas que em parte não tem respostas e em outra só o
tempo as darão. O imediatismo de soluções que o Ser Humano tem não cabe aqui. É
fato de que há muito que pensar, vejamos:
Ø A depressão coletiva nos faz pensar em Nós mesmos, o que estamos
deixando escapar pelas entranhas de nossa vida, a felicidade que desperdiçamos
em nome de títulos, posições, condições financeiras e outras similares e tudo
isso em detrimento de valores essenciais da vida: Amor, Felicidade, Família,
Paz entre os homens de todas as vontades.
Ø A “força necessária à reconstrução”, de vidas e de histórias, o
reinventar-se como pessoa e como instituições. As famílias que tem que
continuar, as novas forças que cada uma delas terá que reinventar para superar
cada momento. A própria Chapecoense que deve se reerguer não das cinzas, mas da
força coletiva de pessoas, de onde quer que elas venham, enfim a força, num conceito
abstrato e comparativo a “Força” apregoada nos filmes de Star Wars, a “Luz” que
ilumina e transforma.
Não tenho a pretensão de nesse artigo descrever todas as
superações que serão necessárias ao momento, não estou preparado como Ser
Humano para nem ao mínimo ter esses caminhos a seguir ou perseguir, quero sim refletir
com você, caro leitor, pontos que são derivados dessa e de tantas tragédias em
que devemos refletir para evoluir.
Ø Das cinzas de todo “fogo abrasador” cria-se o adubo: de toda chama que consome a massa
biológica da humanidade, surge o adubo que traz força, vida nova as sementes, as
novas plantas, que gerará alimentos da sobrevivência e energização para novas
gerações. Não há como não aprendermos com os nossos ou com os erros dos outros,
assim é a capacidade infinita do Ser Humano, aprender sempre e perpetuar-se
como espécie mais desenvolvida a cada passo. Somos todos soma de nossas experiências
e de nossos antepassados, conscientes ou não disso.
Ø Se toda tragédia tem vários
componentes para que ela ocorra, o inverso é verdadeiro, para toda Vida, Crescimento, Felicidade, Dádivas há vários componentes
que se somam e geram os fluídos benignos que precisamos produzir continuadamente
para a plenitude de nossas vidas.
De nada adianta esperarmos um momento
de Felicidade absoluta, se não nos dermos conta que a felicidade é soma de
pequenos momentos felizes, de partículas mínimas de vida plena;
De nada adianta termos grandes
projetos se não realizamos os pequenos, se não ajudamos o próximo, se não somos
humildes de coração e atitude. Vejam a atitude do povo Colombiano, você deve
concordar que de tão simples cada gesto hoje temos uma grande, enorme admiração
por esse povo, diria que além de gigante sentimento positivo ele se torna
eterno em nossos corações.
A vida plena é resultado da soma
positiva vivida todos os dias.
Viver cada momento intensamente para
que na nossa despedida dessa vida não tenhamos esquecido nós mesmos.
Homenagens “pós mortem” foi tônica de todos que se despediram
da vida terrena nessa tragédia, muitos de nós podemos ter nos comovido com
esses atos, mas verdadeiramente pense se quando chegar a sua vez de se despedir
dessa vida, se você receberá homenagens que façam a diferença na sua passagem,
creio que não, as homenagens no meu entendimento são lenços da despedida,
servem para os que aqui estão, de conforto sincero ou de obrigação social,
então sugiro que todos os dias VOCÊ SE HOMENAGEIE, você faça para você surpresas,
traga presentes do coração, a vida é vivida e não assistida.
Tantos passaram por esse planeta, a presença de cada um é efêmera,
pontual e poucas serão lembradas “ad eternum”, então fazer a diferença para os
outros que vivem conosco e para nós mesmos é a tônica da VIDA PLENA, da Felicidade
realizada e conquistada, da vida que vivemos no aqui e agora.
A tragédia de todos os dias é fato, mas a sua Felicidade só a
você cabe avaliar e cultivar, não se esqueça de viver consigo mesmo e com todos
os que ama, faça a diferença na Vida e não na Morte.
Tenha uma VIDA FELIZ.
Vitor Marques
Executivo de RH, Coache e Palestrante
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