“Futuro é aquele lugar que evitamos, um lugar
no qual nada é possível” – Beia Carvalho
A forma como as pessoas trabalham tem mudado. Isso é reflexo das
mudanças culturais, das mídias sociais, da tecnologia e das novas gerações. Foi
o que apresentou a Revista Profissional e Negócios do mês de agosto acerca das
informações levantadas pela ADP, empresa de soluções em gestão do capital humano,
que apontou as transformações já sofridas no mundo do trabalho e as tendências
para os próximos anos, sobre as quais abordaremos aqui.
Dentre todas as tendências apontadas pelo estudo, há uma característica
central que abrange uma necessidade humana comum a todo tipo de funcionário: a
fusão da tecnologia com a autonomia dele para explorar habilidades e provocar
impacto na sociedade.
O objetivo do levantamento foi ajudar os departamentos de RH a
entenderem essas tendências para lidar com os profissionais, a fim de
“adquirir, desenvolver e reter talentos”, entendendo para onde o ambiente de
trabalho caminha.
Veja um resumo dos cinco pontos que irão nortear o futuro do trabalho,
segundo a pesquisa:
Liberdade: O
desejo pelo controle e flexibilidade do trabalho foi estimulado pela facilidade
para trabalhar a partir de dispositivos móveis. Será crescente o número de
comunidades sustentáveis, visando ao bem-estar, com mesclas de lazer,
alimentação e saúde. Ainda, a facilidade de comunicação permitirá um trabalho
remoto, e aqui entra o home office, ou mesmo espaços mais próximos das casas
dos funcionários, disponibilizados pela empresa.
Conhecimento: O
nascimento de funcionários multiqualificados se dá graças à demanda dos
empregadores em se produzir mais e em menos tempo. Por conta disso, adaptar-se
para aprender novas habilidades enquanto desempenha suas atividades está entre
os comportamentos do funcionário, que deseja o acesso a pessoas, informações e
ferramentas necessárias ao seu trabalho. Contudo, esse comportamento exigirá
mais das pessoas, que terão mais exigências quanto à qualificação, além de
terem que trabalhar mais, em alguns casos.
Autogestão: Mais
uma permissão da tecnologia inclui a capacidade das pessoas em administrarem
sua produtividade, redefinindo a relação entre colaborador e gerente. No
entanto, no Brasil a adoção dessas tecnologias é pouco provável, uma vez que a
hierarquia é forte nas organizações, dificultando a implementação de sistemas
de autogestão.
Estabilidade: A
interferência que a estabilidade da força de trabalho sofrerá diz respeito a
três pontos: possibilidade de buscar talentos e contratar por demanda,
aumentando a competitividade; a classe de freelancers e de donos de
suas próprias marcas crescerá, exigindo foco voltado também para a propaganda,
encontrando, por outro lado, a lenta flexibilização da lei no Brasil (nos EUA,
a previsão é de 40% de força de trabalho informal para 2020); a oferta de
pacotes de benefícios em troca de regras um pouco mais rígidas para o trabalho
formal, fazendo enfraquecerem os sindicatos e nascerem associações e
organizações para a proteção da nova função, à medida que as organizações vão
tomando nova forma.
Significado: Projeto
com significado e o bem-estar estão entre os principais motivos para as pessoas
irem ao trabalho, e isso se intensifica se a meta da empresa se alinha às
aspirações pessoais, trazendo propósito de vida. Apesar disso, essa é uma
tendência mundial da qual a menor parte dos brasileiros compartilha. Ainda assim,
vale lembrar que a produtividade pode ser bem maior quando a atividade
profissional faz sentido.
As relações de cooperação serão o carro-chefe dessa realidade, com
diálogo aberto e autoconhecimento para lidar com equipes a distância, e uma
liderança compartilhada e por vezes com habilidade em gestão de Recursos
Humanos.
Profissionais de sucesso são
aqueles que se atualizam constantemente, não somente tecnicamente, mas
principalmente no COMPORTAMENTO. TRANSFORME-SE!
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