TRANSFORMANDO - SER BOM JÁ NÃO
BASTA!
O que podemos pensar sobre Pessoas e muitas vezes de nós mesmos na eterna ação
de avaliarmos aos outros sem antes nos avaliarmos.
Pensamos que o ideal é obter o top de linha nas
Pessoas e em nós mesmos, buscamos aquilo que pode deixar os outros pra trás
porque sabemos que a vida é uma” competição”, nos avaliamos sempre bem porque
nós somos “os melhores”, buscamos o que nos distingue, que nos faz sentir
importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que
outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso
acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E
o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que
podemos ter.
O que
acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa
espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do
que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou
ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz. imaginar que os outros (ah, os outros...) estão
vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí
a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor
tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos,
às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140 km / hora, preciso
realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o
cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da
empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do
meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque
tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser
aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro
do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente pelo melhor tem nos deixado
ansiosos e nos impedido de desfrutar o "BOM" que já temos. A casa que
é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de
alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens
"perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro
não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo a cada instante,
mesmo numa casa de taipa.
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me
constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será
que a gente precisa mesmo mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e,
na busca de tudo que nos dizem ou imaginamos ser "melhor", a gente
nem percebeu que estamos escravos de nós mesmos?
Pense nisso!
Transformar e reciclar seus pensamentos pode mudar o mundo, sua cidade e
principalmente você. Desista daquilo que o torna escravo de suas ansiedades,
que provoca uma eterna insatisfação e que finalmente traz felicidades
provisórias, efêmeras e inatingíveis. Seja feliz com o que tem e não viva a
infelicidade da utopia
Vitor M.S. Marques fev/2024
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