14/07/2008

Comentando Roberto Justus...

Olá amigos... um comentário sobre o programa "O Aprendiz" de Roberto Justus

Jamais um processo demissional poderá ser tão imparcial, sem sentimentos, sem a tônica do humanismo - assim como Justus trata em seu programa.

Essa afirmativa vem do simples contexto de que no programa em que é apresentador o relacionamento Justus x candidato é baseado na informalidade, nos objetivos televisivos e não naquilo que ocorre naturalmente dentro das organizações como consequência do relacionamento dia após dia dos seres humanos que a compõem.

Nas organizações empregado e coordenador travam um relacionamento de conhecimento que vai além das paredes da empresa, não raro subordinados e coordenadores se encontram fora da empresa, conhecem a familia uns dos outros.

Outro ponto a avaliar é que normalmente o coordenador é quem o admitiu diretamente o empregado que será demitido, e portanto é conhecedor de todo histórico de vida desta pessoa(Suas aspirações, seus planos de vida, suas dificuldades, suas necessidades fisicas e comportamentais, etc...).

Sendo assim o vinculo estabelecido vai além da imagem nua e crua de um programa de tv. O relacionamento entre ambos penetra nas entranhas dos envolvidos e portanto não há como atuar no processo demissional somente com razão; o coração também influenciará o momento - antes, durante e depois.

Coordenador e empregado sofrem por algum tempo por causa de um processo demissional e friso, o coordenador por tempo maior, uma vez que desde a tomada de decisão em favor de uma demissão até o momento de sua execução, naturalmente filmes de todo esse relacionamento pessoal entre ambos ficará passando continuadamente na consciência do coordenador, com o objetivo de validar ou justificar que sua decisão demissional foi a correta e ao mesmo tempo ele (ccordenador) buscará alternativas para minimizar o impacto da demissão na vida do empregado após a concretização do processo.

Toda essa argumentação que acabei de fazer é resultado de minha experiência profissional de 32 anos em Gestão de Pessoas. Sinceramente até hoje a demissão de um colaborador é a atividade que me causa maiores reflexões pessoais e profissionais, mais ponderações pelo certo e pelo errado, mais dúvidas e tudo aquilo que possa ter influência no relacionamento humano, pois queiramos ou não nós ao demitirmos empregados estaremos sendo agentes de mudança em suas vidas.

Todos sabemos que algumas pessoas mudam e ganham qualidade na sua vida pessoal e profissional, amadurecem e criam novas fontes de satisfação plena, mas outros retrocedem, não reagem e a partir daí encontram vários bloqueios futuros.

Justus vende uma imagem comercial em seu programa, nós devemos vender o contrário, a imagem de que o Ser Humano prevalece sobre os fatores materiais.

Acreditemos que seja essa a tônica de Justus, apenas os fatores comerciais, porque se o contrário for a pessoa a ser demitida deverá ser repensada...entendem...

Vitor Marques
Gestor de Pessoas, Consultor e Palestrante Motivacional
vitormarquesy@yahoo.com.br

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