29/07/2009

Enchente da alma, norte, sul, leste e oeste....


Hoje, acordei e me senti impelido a escrever um desabafo da alma, a revelar o turbilhão de pensamentos e reverberação de meu coração.m Talvez a você ele não toque fundo na alma, talvez em você ele encontre consonância, mas é fato, somos usurpadores de espaçoes que não nos foram designados e acabamos pagando por isso, diretamente ou indiretamente.
Não adianta apenas sobrevoar a tristeza, sofrimento e amargura do povo. Não adianta apenas assinar um cheque, separar uma roupa velha ou comprar algum mantimento. Não adianta apenas assumir que todos os problemas foram resolvidos assim, simplesmente.
É preciso sair da zona de conforto e ir a campo...devolver espaços que não nos pertencem. Dar voz a quem grita e a quem revela a beleza da alma
Mas, nesse momento sim, devo ouvir o grito e socorrer, devo ir ao encontro do que esperar a visita...nesse momento um simples texto poderá fazer a diferença da consciência, sua e minha, por isso escrevo e declamo abaixo o grito de minha alma.
..., ..., ..., ...;
Na imensidão das pradarias,
As águas enchem cada espaço,
Recuperam seu curso, sua natureza,
E nós, homens!
Somos incapazes de dominar estas águas,
Quem diria o fogo.

Esquecemos que os invasores somos nós,
Usurpadores do espaço,
Saqueadores,
Transeuntes indesjados.

E choramos,
Por mortos,
Por desabrigados,
Por mutilados,
Por crianças e jovens,
Por esquecidos e maltrapilhos,
Por desfalecidos e ultrajados,

Só choramos,
Só lamentamos,
O espaço foi invadido
Por nós, bandidos,
O tomamos pela beleza
Oh Natureza!

E agora choramos
Quanto mais o faremos?
Quanto mais esqueceremos?
Quem somos?
Fomos criados para integrar,
E não para tomar.

A natureza cobra seu preço,
Não há volta sem ida.
Sempre há uma moeda de troca,
A vida, a alma, o corpo.
Mas o que dói no fundo d'alma,
É o choro das crianças

Lamento da inocência,
Ruído baixo,
Protesto por imagens da face,
Choro da alma,
Lamento do corpo.

Perdão senhor!
Por tomarmos espaço que não é nosso,
Por ultrapassarmos os limites visiveis e invisiveis.

O despertar da natureza é fato.
E do homem?
Quando será?
Quando...Quando...Quando...

(Vitor Marques)
Ser Humano, Um pretenso Gestor de Pessoas e um apaixonado pela vida

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